Dor nas costas, o que fazer ?
A dor nas costas é uma queixa tão comum quanto incapacitante. Muitas vezes, ela surge após um dia exaustivo de trabalho, quando carregamos peso de forma inadequada ou permanecemos longos períodos na mesma posição. Contudo, nem toda dor é “apenas um desconforto”: em alguns casos, ela pode indicar a presença de uma hérnia de disco. Imagine acordar com aquela pontada aguda ao tentar pegar um objeto no chão ou sentir uma fisgada que se irradia do meio das costas até o glúteo ou a parte posterior da coxa ao tossir ou espirrar. Esses são sinais clássicos de que o disco intervertebral – a “almofada” que fica entre as vértebras – pode estar deslocado, pressionando estruturas nervosas. Além da dor irradiada, preste atenção a sintomas como formigamento, sensação de “agulhadas” ou dormência em um dos braços ou pernas, fraqueza ao subir escadas ou dificuldade para levantar-se de uma cadeira. Muitas pessoas relatam que, ao se curvar, a dor se intensifica, ou então que ela melhora quando deitam de lado, com as pernas levemente flexionadas – comportamentos que acabam virando pistas importantes para o diagnóstico. Quem já passou por episódios de estresse intenso, traumas na coluna ou apresenta histórico familiar de problemas lombares deve ficar ainda mais alerta. Mas mesmo sem esses fatores de risco, uma hérnia de disco pode ocorrer: o envelhecimento natural, aliado a pequenas fissuras no anel fibroso do disco, pode permitir que seu núcleo gelatinoso escape, gerando inflamação e apertando as raízes nervosas. O diagnóstico definitivo depende de uma avaliação de um neurocirurgião, aliada a exames de imagem como a ressonância magnética. Somente assim é possível confirmar a presença, o tamanho e a localização exata da hérnia, além de descartar outras causas de dor nas costas. A boa notícia é que, em muitos casos, o tratamento conservador – repouso relativo, fisioterapia direcionada, fortalecimento muscular e medicamentos para controlar a inflamação – traz alívio significativo. Quando a dor persiste por mais de quatro semanas, ou se os sintomas neurológicos avançam, o neurocirurgião é o profissional indicado para avaliar cuidadosamente cada detalhe da sua coluna e propor as melhores opções, que hoje incluem técnicas cirúrgicas minimamente invasivas com recuperação mais rápida. Não espere a dor comprometer seu dia a dia ou evoluir para fraquezas permanentes. Se você tem sentido dor intensa nas costas que irradia para as pernas ou braços, formigamento, dormência ou perda de força, agende agora mesmo sua consulta com um neurocirurgião. Um diagnóstico precoce faz toda a diferença na sua recuperação e na manutenção da sua qualidade de vida.